O Ciclista

O homem que pedala, que ped´alma
com o passado a tiracolo,
ao ar vivaz abre as narinas
tem o porvir na pedaleira.
Alexandre O´Neill

domingo, 18 de maio de 2008

Passeio Moinhos de Palmela 18-05-2008

O dia não prometia, pelo menos era a ilação que tirávamos das nuvens, mas a temperatura agradável fez-nos acreditar que seria um belo passeio. Às 8H30 já o Mister preparava a sua montada com a ajuda do Rei e do amigo Miguel que apareceu e nos convidou a juntar ao seu grupo (de profissionais diga-se de passagem) e assim ser um passeio mais animado fruto da companhia.

Após um breve café no plasma, seguimos ao encontro dos restantes membros que por nós aguardavam. Seguimos por Fernão Ferro em direcção a Palmela, o objectivo eram os moinhos da Serra de Palmela, mas pelo caminho parámos ainda por uns minutos devido a uma inesperada (ou talvez não) partida de São Pedro, mas como bons desportistas que (gostamos de pensar) que somos, voltámos ao caminho e não seriam uns gotinhas de água que nos fariam parar, apesar de ser uma bela desculpa face ao que ainda nos esperava.


Chegados a Palmela não houve tempo para grande descanso, após o reagrupar da “manada” seguimos ao nosso objectivo: Serra dos Moinhos. O terreno acidentado recomendava algumas cautelas, as pedras molhadas quase que convidavam a uma queda, mas a experiência do grupo prevaleceu.



Não muito depois começamos a encontrar alguns companheiros que seguiam na direcção oposta, e a julgar pelo seu estado e comentários avizinhava-se algo… diferente: Lama, e mais lama e muita lama, as tentativas de a ultrapassar em cima da bicicleta foram caindo por terra, umas mais rápido que outras mas a verdade é que acabamos todos por apenas conseguir ultrapassar alguns metros daquele terreno apeados da nossa montada, e mesmo assim não se pense que foi fácil, devido à quantidade de lama que se aglomerava nas bicicletas até as rodas se recusavam a rodar, era necessário carregar aquela que nos deveria carregar a nós.

Obstáculo ultrapassado, a viagem continuou e como já pensávamos ter ultrapassado o maior de todos, toca a seguir pela Arrábida até ao Moinho do Cuco, terreno maravilha… mais lama, poças de água, subidas “rigorosas” e uma paisagem magnífica.

Alguns elementos com défice de pernas recorreram aos velhos truques: tenho o pneu com falta de ar, necessito de comer qualquer coisa… :-) A verdade é que em grupo estes momentos de convívio trazem ao passeio um verdadeiro ambiente de descontracção e boa disposição.
De volta ao caminho, até porque o autocarro não passa por aquelas bandas, de V. Nogueira de Azeitão à Quinta do Conde, seguimos até Fernão Ferro onde fomos “convidados” para um banquete de (deliciosas) nêsperas, talvez os odores porque passávamos nos sugerissem mais uma sardinhada ou um frango assado, mas à falta de outro “convite” as nêsperas vieram mesmo a calhar. Com o aviso de que a dona da nespereira poderia estar por perto, ainda que nos convidassem (e desta vez a sério) para a nespereira do lado, metemos os pedais ao caminho, o passeio aproximava-se do fim dois amigos acabaram por seguir o seu caminho para casa e mais adiante outros dois fizeram o mesmo, seguindo-se por último o nosso amigo Miguel, à nossa espera a Rua das Laranjeiras e os nossos fans. Começo a pensar que eles não nos aguardam, apenas esperam pela oportunidade de partilharem a nossa técnica de recobro após os passeios.

Para a história ficam os números do passeio: 48 Km – Média de 15,5 Km/Hora
Para além das Vakinhas Mister Paulo, Rei Artur e Alex Mãozinhas, o passeio contou também com a presença do Miguel e dos 4 amigos, que terão de me perdoar, mas que não registei o nome.

1 comentário:

Anónimo disse...

Vejo que o domingo foi maravilhoso.... E nada como lama a acompanhar. Dizem que a lama faz bem á pele... e de pernocas ao léu, nham nham.... Arrábida é linda, mas deve mais bela vista dessa forma. Fico contente por poder ler estes v/relatos de viagem e passeios. Obg pela partilha.

O nosso aquecimento...

Mais algumas fotos dos nossos passeios...